"Rezar muito. E ter fé. Porque as coisas estão todas amarradinhas em Deus." (Guimarães Rosa)




sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ps.:


E quando a tal da Dona Felicidade chegar quebrando as portas e invadindo sua vida com aquela delicia de inconveniência que só ela sabe ter, respira fundo, engole o choro, e deixa brotar o riso. Deixa ela te cegar, te ensurdecer. Já dizia Gonzaguinha: “Somos nós que fazemos a vida. Como der, ou puder, ou quiser”. Então, fecha os olhos, empina esse nariz e vê se enfia isto na sua cachola: se tem uma coisa de que a gente não pode ter vergonha nessa vida, é de ser feliz!
marianne a.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

sobre-viver


Leve-me a algum lugar onde eu me sinta bem. Onde eu me perca de mim mesma e de meus medos e inseguranças pra você tão sem sentido. Ei, vem aqui, me pegue, me leve... me leve ... e me eleve!
Faça-me sentir algo diferente. Deixe-me ser quem eu quero ser. Mas vem logo, tenho pressa. Quero correr a favor do tempo e me deixar levar pela correnteza. Quero subir bem alto e mais alto e mais alto, pra poder chegar lá em cima e gritar pra todo o mundo ouvir que venci meus obstáculos... que venci minhas fraquezas. Que ganhei a luta contra a única pessoa capaz de adiar meus planos e limitar meu crescimento: EU.
marianne a.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

*

Cansada de ficar sentada só olhando a vida passar, ela pega carona e sai por aí. O medo, joga fora. A razão, guarda no fundo falso da mochila, que é pro caso de precisar. E o coração, ah, esse vai na frente... que é pra servir de escudo.

Não espera atitude de quem não tem. Não espera nada, nada de ninguém. Só fecha os olhos, aperta o escapulário contra o peito, faz uma oração e deixa-se levar.

Deixa-se florir.

Deixa-se viver.

Felicidade é ainda mais gostosa quando dá um susto na gente... Quando chega de um jeito destrambelhado, adocicado. Assim, bem assim, por descuido.. sem querer!

marianne a.

sábado, 24 de setembro de 2011

Let it be..


É falar com você e perder o chão, ficar desnorteada, perder o rumo de casa. A boca seca, o coração aperta. E eu me derreto, me desfaço. Começo a fazer palhaçada só pra ouvir sua gargalhada e imaginar seu olho ficando pequeno quando ri. E quando vejo, já to aí. Deitada no escuro da sala, falando da vida dos outros e ouvindo Beatles. Let it be...

marianne a.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

o Sol mandou dizer..

Basta entrar na primeira semana de setembro pra começar a nascer no jardim uma flor com cheirinho de sentimento bom. Porque o mês já começa com um restinho daqueles ventos de agosto que fazem o sol quente dançar na nossa pele como quem avisa que chegou pra ficar, pra iluminar. E pra dizer que pra ter vida tem que ter luz. Tem que ter calor. E que basta querer e (re)querer e (mil)querer.
Nem adianta dizer que é Deus o dono desse jardim. Que é Deus o senhor do seu destino. A responsabilidade, meu amigo, é toda sua. Então não me venha com essa idéia conformista de que tudo acontece como Deus quer. Ele já fez demais. Fez o Sol, pendurou no céu e te deu. Agora, quem decide se vai ou não deixar-se iluminar, é você.
marianne a.

sábado, 20 de agosto de 2011

Pare. Ouça. SINTA.

É muita confusão, é muita ideia, muito anseio e pouca paciência, eu sei. São muitas vozes na sua cabeça te dizendo o que fazer. Mas quando for assim, feche esses olhos lindos de sei lá o quê e concentre-se. Se fizer uma forcinha, vai perceber que no meio de tantas vozes existe uma que apesar de tudo e sem saber o porquê te pega, te afaga e te diz, em baixo e bom tom, e bem devagarzinho que é pra você entender: "vem, meu bem, aquieta seu coração no meu e deixa eu cuidar de você."

marianne a.

domingo, 14 de agosto de 2011

Nota


Estresse, bulimia, anorexia, depressão, blá blá blá. Dentre tantas e quantas doenças que estão na moda, acaba de aparecer mais uma para enfeitar a vida da cambada de metidos a besta de nossa cidade: o complexo de superioridade. Uma doença silenciosa que faz com que suas vitimas ajam como idiotas, esbanjando o que não têm, perdendo sua personalidade e vivendo totalmente alienadas.
E não pensem que é fácil conviver com essa doença. Manter-se informado quanto às festas que acontecem na cidade demanda um esforço incrível. É preciso estar sempre atento a tudo que acontece com a elite da cidade. “Fulano mora em tal bairro, é filho de não sei quem e só compra roupas de tal marca” é um dos chavões mais comuns entre os afetados. Eles sofrem. Isso porque têm uma necessidade enorme de se aceitarem e de serem aceitos. São uns fúteis, uns coitados. E a gente até entende. Mas, convenhamos, não bastasse ter que conviver com tanta miséria e sofrimento, pedir para que nós, seres do mundo real, convivamos com tanta pobreza de espírito..  aí já é pedir demais.
marianne a.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Delícia de encanto escandaloso


Prometera dedicar-se aos estudos e a levar uma vida séria, de gente grande. Mas de tanto preocupar-se com a razão deixou o coração desprotegido e pimba! Quando percebeu, ficava tonta só de pensar naqueles grandes olhos negros de onde brota toda a beleza que existe. Viu-se colecionando sorrisos, cantando pelos cantos e rezando pro Seu Tempo nem pensar em passar quando estivesse com ele. E, mais uma vez, não sei se por descuido ou mera distração, sentiu-se deliciosamente presa, encantadoramente boba e escandalosamente feliz.
marianne a.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O corpo humano, a viagem e a rima.

É impressionante como o nosso corpo é perfeito. Somos capazes de trazer à superfície de nossa memória lembranças que andavam perdidas e/ou esquecidas, cheiros que nos lembram de algo ou alguém e apenas nos concentrando, tendo força de vontade, somos capazes até de matar a saudade de alguém que já se foi.
Concentro-me, fecho os olhos (já cheios de lágrimas) e vejo um quarto com duas camas, um guarda-roupa e uma casinha da Barbie montada. À frente da casinha, estão duas crianças. Forço as vistas e percebo que uma delas sou eu. Forço um pouco mais e percebo que a outra (de pele branquinha com a textura do mais fino veludo, olhos parecidos com duas jabuticabas grandes, ou seja, LINDA) é Fernanda. Aquela que fez com que eu tivesse a mais doce e alegre infância que alguém pode ter. Me abaixo, dou-lhe um beijo cheio de amor e saudade - que não tive a oportunidade de dar-lhe em vida - e brincamos de fazer roupinhas para as bonecas. Mudamos de brincadeira, agora é escolinha, pegamos nossos materiais de professora e damos aula e lições aos nossos alunos.
Percebo que minha concentração está acabando e que chega a hora de partir. Me baixo, dou-lhe mais um beijo, olho bem no fundo daqueles lindos olhos e abro os meus. Agora, o que eu vejo é um quarto com uma cama, um guarda-roupa e nenhuma casinha da Barbie montada. Percebo que tudo não passou de uma viagem no tempo. No tempo em que eu era feliz e não sabia. Não tinha preocupações nem responsabilidades, apenas uma obrigação: brincar. E para cumprir tal missão, eu tinha a melhor companheira. Companheira que desceu das nuvens, deu alegria a sua família e a outras crianças e voltou às nuvens. Não morreu. Apenas voltou ao seu lugar de origem. Era uma “menina de lá”. Um anjo.Anjo que me faz falta. Que não posso ver, mas posso sentir. Anjo que me fez feliz.
Quer uma palavra que rime com anjo? Eu tenho uma: Fefê. Ela rima com anjo, com amor. Rima com saudade.
É, realmente o corpo humano é perfeito. E só assim, Fefê, explorando-o, é que posso matar a saudade. Posso ter você de volta. Te amo!
marianne a.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

roda, menina... Roda moinho, roda pião




- Vai, menina, escolhe o que mais te faz sorrir e coloca na mochila. Prepara tudo pra sua viagem. Põe a foto da família e o cobertor do namorado. Junta tudo com as conversas bobas da amiga e as gargalhadas do afilhado.
- Mas e se eu me perder, seu moço?
- Pra começar, joga fora todo esse medo que a mochila fica mais leve. E veste sua saia rodada florida, que é pras pétalas do bem-me-quer marcarem o caminho pra quando você for voltar. Coloca aquela fita vermelha no dedo, que é pra lembrar-se de não esquecer que independente de qualquer coisa, é esse sorriso largo e colorido que te coloca à frente de qualquer problema. Com música ou não, faz-se de bailarina e dança, e gira a roda da vida. E roda o mundo, roda moinho, roda pião. Porque o tempo, menina, o tempo roda num instante, e não para. Não, não.
marianne a.

sábado, 2 de julho de 2011

veja bem, meu bem..


Não, não me venha com frases feitas e com boas intenções. Presentes caros não me atraem e o simples, só o simples já me satisfaz.
E se, por acaso, hora dessas quiser me fazer feliz, vem de surpresa, vem quietinho. Não precisa nem falar nada, só me olha nos olhos, põe uma flor no meu cabelo e me faz ver graça onde não tem. E se eu olhar pro lado, me dê um beijo roubado, um abraço apertado e um sorriso sem fim. Me deixa sem sono, me deixa boba, me deixa tonta. Porque só assim serei feliz. Só assim.
marianne a.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Quando o nada diz tudo


E que fique claro que meu silêncio nem sempre é sinal de consentimento. Ao contrário de muita gente que existe, eu não só existo como penso e sei bem quando me calar é a melhor alternativa para enfrentar certas situações. Não por me acovardar, mas simplesmente por não ter o que dizer.

Dia desses, li em algum lugar que “o silêncio é a oração dos sábios”. Então, não pensem que quando me calo, estou fazendo julgamentos e tecendo maldades. Qualquer um sabe que  pior do que o julgamento que outra pessoa faça em relação às suas atitudes, é o julgamento que você faz de si mesmo.

E, quanto a mim, não tô aqui pra fazer papel de boa moça, nem servir de exemplo pra ninguém. Não sou boa, nem ruim, nem nada. Sou apenas uma moça cuja maquinaria é regada a sentimentos e emoções. Acredito nas pessoas até o último momento e procuro não fazer com os outros o que não gostaria que fizessem comigo. É que esse meu sistema límbico super-desenvolvido faz com que eu chore quando sinto tristeza, grite quando sinto raiva e me cale quando sinto desprezo.

marianne a.

sábado, 4 de junho de 2011

"Existem razões para acreditar. Os bons são maioria."


Diante de tanta corrupção, de tanta violência e descaso com a vida, às vezes as esperanças se esvaem e o coração pede, implora, suplica por um pouco de paz. Por dias ensolarados em que nossas crianças poderão brincar nas ruas e só voltar chorando porque terão que passar mertiolate no joelho machucado depois de cair brincando de pega-pega. Dias em que o dinheiro público será usado para seu único e, por isso, mais importante objetivo: a melhoria das condições de vida do povo.  Nesses dias, a vida terá mais valor que qualquer bem material e só se morrerá de amores ou de tanto rir. Serão dias em cor de arco-íris, singulares, daqueles em que se dorme com um sorriso no rosto.
Pode parecer utopia, mas existem razões para acreditar, porque nós, os bons, somos maioria.
marianne a.

domingo, 22 de maio de 2011

porque se for pra ser, tem que ser do meu jeito


É que agora eu sou uma moça exigente. Outrora, prometi só conjugar os MEUS verbos e só acreditar nas MINHAS verdades. Jurei não me contentar mais com “quases”, com “sins” sem olhar nos olhos, com advérbios de dúvida e substantivos abstratos. Só quero a companhia de pessoas que me despertam emoções em tons de azul e em escalas de si bemol com baixa em lá. Só aceito o que for completo ou vier pra completar. Do tudo um pouco, tiro o pouco e fico com o tudo. Caso contrário, fecho os olhos e tampo os ouvidos.  Tranco as portas, dou de ombros e nem olho pra trás.  
marianne a.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Pra ser feliz eu digo sim


É que nos momentos de confusão a gente se desespera, eu sei. Dá vontade de largar tudo, sentar e ficar olhando a vida passar na sua frente rindo da sua cara e te fazendo careta. Mas a escolha de um caminho, mesmo sem saber aonde ele vai dar, já é grande coisa. Abre portas e janelas, deixa tudo iluminado. Faz a gente crescer e perceber que é grande o suficiente pra tocar o Sol, pra colocar o chapéu onde a mão alcança, pra sentir a mãozinha de Deus em tudo que acontece e pra SE FAZER FELIZ.
marianne a.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Corte e costura, remendos e cores


Olha os retalhos, as linhas e as agulhas, escolhe tudo cuidadosamente e mãos à obra. Metida a costureira, a menina pega os pedaços de pano, corta as partes que não podem ser reaproveitadas e costura, remenda. Borda as pessoas importantes com as linhas mais grossas e coloridas e enfeita com os vários laços feitos até hoje. E não tem problema se o resultado for uma confusão de remendos e cores. É o tecido da vida, minha gente, e o importante é que o final seja bonito. E colorido.
marianne a.

sábado, 7 de maio de 2011

A sete chaves


A palavra que não foi dita. O pedido que não foi feito. A resposta que sequer foi solicitada e o sim que foi engolido. Formaram o mais bonito dos textos. O mais doce e sincero. Mas ele vai ficar aqui guardado. Na verdade, desperdiçado. Até que o dono venha buscar (e me levar junto).
marianne a.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Entre mim e Deus


Viver = vento + grão-de-pólen. Onde eu me encaixo? Sou o grão-de-pólen. Sou pequena, frágil e estou sujeita à força do vento. Hoje, não tento mais dominá-lo e impedir que ele me leve. Apenas me abandono e fico tranquila. Confio no vento. Ele é forte, sereno e refresca minha alma. O vento é a vida e a vida é Deus. Estou, portanto, entregue em suas mãos.

marianne a.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O grito


Seus olhos, sua boca, suas mãos. Tudo nela grita. Escandalosamente, ela grita. Ansiando pela sua paz, sem, para isso, ter que ser o inferno da vida de alguém. Pedindo forças para arrumar a bagunça que os maus ventos fazem quando passam por sua vida. Em meio a paradoxos e escândalos, ela grita. Mas guarda tudo pra ela. Grita quietinha, em seu silêncio. Escandalosa-mente. Paradoxal-mente.

marianne a.

das minhas verdades


Minhas verdades são floridas. Às vezes, com um ou outro espinho que machuca quem as toca; mas continuam sendo minhas e, sendo minhas, são floridas. Vez ou outra, doloridas.

marianne a.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

[FÉ]RNANDA


O que tem de ser tem muita força, eu sei. E eu tento e até consigo ser quase sempre forte, mas é que às vezes batem uma fraqueza e uma revolta que me fazem ver uma força ainda maior no que poderia ter sido e não foi.
As fotos, as roupas, os brinquedos e as cartinhas ainda estão aqui. Cada cômodo da casa transborda de lembranças. Mas em uma segunda-feira de setembro a dona saiu, foi embora e, não, não vai mais voltar.  Triste é saber dos planos que ela tinha e não teve tempo de realizar. É não ter onde despejar toda essa saudade que quando não cabe mais no coração, escapa pelos olhos.
Eu só queria que o Seu Tempo tirasse uma folga e me deixasse voltar pra ver você indo tomar banho às quatro da tarde e seu café às seis horas. Queria ouvir você, de batom vermelho e rabo de cavalo, me chamando pra brincar, ou ao menos conseguir me lembrar da sua voz. Queria mesmo era ter você de volta.

marianne a.

segunda-feira, 18 de abril de 2011


Já troquei de roupa e mudei o cabelo. Já mudei o jogo e troquei de fase. Já dancei com outro par pra variar, amor. Já achei o amor próprio que tinha perdido por aí e tirei toda a poeira impregnada. Sinceramente, o querer não existe mais e a vontade de voltar e viver tudo de novo, muito menos.
Pras lembranças já dei um rumo, peguei todas e deixei que o tempo as colocasse em seu devido lugar: no passado. Engraçado é perceber que até hoje, não sei se por saudade ou orgulho ferido, tudo o que eu escrevo é pra você.

marianne a.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

vem que eu te espero.


E quando se sentir sufocado pela liberdade por você mesmo escolhida, vem. Vem que eu te espero, de vestido longo colorido, cabelo comprido, fones de ouvido e óculos de sol. Vem, meu bem, que eu faço graça e conto piada. Vem que eu canto uma música, te dou uma estrela e te faço feliz.
 marianne a.

sábado, 9 de abril de 2011

porque um sorriso muda tudo


Existe um lugar em que eu queria morar. Cultivar, conquistar, tomar posse. Lá, as cores ganham vida, fazem festa. Sentem-se livres para pintar o sete e fazerem verdadeiras obras de arte. É paz, é mistério. É bonito e aconchegante. É motivo pras minhas idiotices e palhaçadas. Lugar que eu queria que fosse meu, só meu. É aí, meu bem, no seu sorriso.

marianne a.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A menina e o tempo


Ela sorri sem motivos, mas chora também. Sente saudades do que foi vivido, do que foi sonhado; dos planos que havia feito e do seu futuro garantidamente seguro e feliz. E ela procura uma explicação, um culpado por tudo ter ido por água a baixo. Procura, procura e encontra: é o tempo. Ele leva as oportunidades, leva as pessoas e coloca rugas em seu rosto. O tempo tira a cor dos seus cabelos e de sua vida. Ela não sabe o que fazer nem o que dizer. Ela queria ter motivos para sorrir e nenhum para chorar. Ela queria ter mais tempo. Só isso e nada mais.

marianne a.

domingo, 27 de março de 2011

do que há de ser..

"Estou me afastando do que me atrasa, me segura e me retém. Fui ser feliz e não  volto." (CFA)                                                                                

Decidi: de agora pra frente, só faço o que quero e só vou querer o que faço. Vou cortar tudo o que não me fizer bem. Assuntos, lugares, pessoas. Vou jogar fora todos os “ontens” e parar de me preocupar com os “amanhãs”. Só conjugo os meus verbos e só acredito nas minhas verdades. Felicidade não existe para ser pequena. Se for pequena, é só alegria. Pra ser felicidade, tem que ser grande, tem que transbordar. Não quero uma que caiba no meu bolso. Decidi ser feliz, e não volto atrás. 
marianne a.

terça-feira, 22 de março de 2011

".. e ao coração que teima em bater avisa que é de se entregar o viver.."


A menina joga fora as brincadeiras, agora, teima em querer uma vida de gente grande. Transborda em sonhos, anseia por paz. Quer um coração descansado e livre de inseguranças. Quer se prender. Mas ela é instável e, num estalar de dedos, pronto. Tudo muda. Ela quer o medo de perder seguido do êxtase de ver voltar [ou não]. Quer aventura, perigo. Se lançar no jogo da vida. Empurrar com a barriga. Cair em queda livre pra ver no quê que dá. Ir contra as regras, sair da rotina. A-dre-na-li-na. Transbordar paz, ansiar por sonhos. Deixar de lado a razão e dar férias ao cérebro. Sobrecarregar o coração. Permitir-se. E morrer com um sorriso no rosto. Sorriso safado de quem caiu e, mesmo sem gracinha, soube se levantar. De quem correu riscos. De quem acordou, dormiu, chorou, sorriu. VIVEU.

marianne a.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Acalanto.


Rolar na lama e se jogar na grama. Ter os lápis de cor nas mãos e um mundo aos seus pés pronto para ser colorido. Não saber quais são as cores certas e não se preocupar com isso. Falar errado e ser motivo de riso. Correr, brincar, se sujar. Chorar. E, mesmo assim, não se preocupar. Ser conforto e alegria. Ser paz. Ser poesia. Bom mesmo é ser criança. Tudo é permitido.

marianne a.

quinta-feira, 10 de março de 2011

"...e o pensamento lá em você..."


É que, apesar de tudo, quando penso em você meus olhos sorriem, meu coração acelera, o tempo para e nada mais me importa. Porque em meus pensamentos você sempre vem acompanhado de muita cor, música e riso fácil. Mas hoje, definitivamente, decidi me livrar de tudo o que me leva até você. E não é que eu queira esquecer, só não quero mais me lembrar. É que você me provoca essa tristezinha boa que resolvi chamar de saudade.

marianne a.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sempre (en)frente, porque atrás vem gente.


Depois de tanto tapa, chute e soco que a gente leva na vida, acaba aprendendo (na marra) a diferenciar amigos de companheiros de farra e a dar valor nas pessoas que realmente gostam da gente. Aprende que por detrás de um sorriso pode haver uma má intenção. Aprende que sempre (e sempre) existe alguém que, enquanto te abraça e diz ser seu amigo, está de olho no que é seu, está torcendo para que seus planos deem errado e jogando os outros contra você. Está de olho em cada passo seu, esperando você se distrair por um minuto para puxar seu tapete e te apunhalar pelas costas. São nossos velhos conhecidos “bolhas de sabão”: lindos por fora e vazios por dentro.
E com o passar do tempo, que nos presenteia não só com números (e rugas), mas também com a maturidade, aprendemos o ciclo de vida das bolhas de sabão. Elas se exibem, deslizam pelo ar, fazem graça, mas o fim de todas é o mesmo. Estouram sozinhas.
Amigos (de verdade) são poucos, estão em falta no mercado. Dê valor aos que você tem. E quando vierem os tais “bolhas de sabão”, sorria e siga. Sempre (en)frente, porque atrás vem gente.

marianne a.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

E quando eu fecho os meus olhos, quase não vejo mais os seus. quase  Nem me lembro das cores do seu sorriso e do calor do seu abraço. Em silêncio, já não escuto a sua voz. Pra falar a verdade, você quase não existe mais em mim. E de quase em quase, hora ou outra, todo esse quase vira nada.

marianne a.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011


Ela sonhou demais, dormiu no ponto. Tapou os olhos e os ouvidos, ignorou todos os seus sentidos. Mais de uma vez fingiu não ouvir o gritar do despertador tentando acordá-la. Perdeu a hora e, pronto, acordou tarde. Atrasou-se. Vivendo algo que não existia e às vezes até sendo quem não era para viver aquilo que queria que existisse e ser aquilo que era conveniente ser.
Quando acordou, foi como ter ouvido um “clique!”. Percebeu que seu estômago não digeria sapos, então, antes que tivesse uma terrível indigestão, era melhor parar de engoli-los.

marianne a.

sábado, 5 de fevereiro de 2011


E quando algo tocar seu rosto de um jeito doce e suave, fazendo você fechar os olhos e sorrir, sou eu. Na verdade, são os beijos que eu pedi pro Seu Vento levar aonde eu não posso mais chegar.

marianne a.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

dos afazeres


Faço, (re)faço, (des)faço, (mil)faço. Se, mesmo assim, não der certo, sorrio e disfarço, mas faço.

marianne a.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Elas, as palavras.

Penso, respiro, abro a boca e, mais uma vez, elas escapam. Fogem de mim que nem o diabo da cruz, que nem um vira-lata da carrocinha. Elas, as palavras. As malditas palavras. Que deviam ser minhas aliadas, se juntando e colocando pra fora tudo aquilo que fiquei horas ensaiando, confabulando. Mas não. Elas se acumulam, formam um nó em minha garganta. Nó que fica lá, provocando tosse e tirando minha concentração.
Enquanto isso, aqui dentro, meu silêncio não para de falar. Não para de gritar, de matraquear. Perfurando meus tímpanos com seus mais de 120 decibéis. Escapando por todo o meu corpo. Fazendo com que meus olhos, minhas mãos, meu sorriso… Fazendo com tudo fale mais que minha boca (é que ela obedece aos comandos do meu cérebro, e não do meu coração). Existe um abismo entre nós. E elas se distanciam cada vez mais de mim. Elas, as palavras. As malditas palavras.

marianne a.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Não sei se levo ou me deixo levar.  Não tenho certeza, não sei de nada. Não sei o que quero, mas sei (bem) o que não quero.

marianne a.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Falando sério.


Na Roma antiga, a escravidão na zona rural fez com que os camponeses perdessem o emprego e migrassem para a área urbana. O inchaço das cidades somado aos problemas sociais e às revoltas da população que exigia melhores condições de vida, fez com que o imperador criasse a política do “pão e circo”: todos os dias havia lutas de gladiadores nos estádios (sendo o Coliseu o mais famoso) onde eram fornecidos alimentos (como trigo e pão) ao público. Assim, a população se divertia, se alimentava e, consequentemente, esquecia-se dos problemas e das idéias de rebelião que tanto incomodavam o imperador.

Muitos, muitos, muitos anos se passaram, mas todo esse tempo não foi suficiente para tornar “humanos” aqueles que se julgam mais espertos que os outros. Aqueles que são capazes de fazer de nós, cidadãos, vítimas desse tipo imundo de política.  Aqui, as ruas estão esburacadas, mas temos o vôlei. As folhas de pagamento só andam em atraso, mas temos o vôlei. Os medicamentos de uso continuo para hipertensos e diabéticos nas unidades da rede pública muitas vezes estão em falta; há uma gigantesca demora na realização de cirurgias e até de um simples exame médico. Um verdadeiro caos na área da saúde, mas, convenhamos, o vôlei tá aí. Pra fazer a “alegria” da moçada que teve a coragem de jogar seu mais forte instrumento de democracia no lixo, enquanto a desordem toma conta da cidade.  

Em uma entrevista ao telejornal da cidade, nosso imperador propôs que façamos um pacto de amor a Montes Claros. Acertou na mosca. É urgentemente necessário que façamos um pacto de amor a nossa cidade, a nossa família e, principalmente, a nós mesmos, pois, enquanto o “pequi atômico” não explodir ou esse circo não pegar fogo, nós é que somos a atração principal: os palhaços.

marianne a.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Divã

E, hora ou outra, ela aparece. Atormentando, cutucando, machucando. Uma tristezinha grande sem fim que faz com que eu me sinta pequena, frágil. Sozinha. Daquelas que nem o (seu) abraço que faz eu me sentir deliciosamente pequena é capaz de curar. É formada por um emaranhado de sapos e palavras engolidas contra a minha vontade. E ficam ali, num lugar estratégico, emboladas entre meu estômago e meu coração.
Uma espécie de medo. Medo de ficar só. Algumas pessoas podem até achar ridículo, até porque eu mesma sei que é cedo pra isso. Sei que estou longe dos quarenta, sequer sou titia e, que tudo isso é pouco - pra ser suficiente - a ponto de mudar meu humor. Sei disso e, como sei.
Se aconteceu algo? Não, hoje não. (hoje) Não mordi o canto da boca, nem tive nenhuma frustração, prisão de ventre ou algo parecido. Sei bem o que aconteceu, mas prefiro não falar enquanto não superar. Parece que quanto mais eu falo, mais demora a passar. Como se as palavras ganhassem vida a cada vez que toco no assunto, sabe?
É, tens razão. Eu preciso (mesmo) é de falar, falar, falar. Sem parar, o mais rápido possível. E  sem respirar. Porque aí eu alimento essa coisa de tal forma que ela vai crescer, crescer, crescer e morrer logo em seguida. E tudo vai virar paz. E meu riso vai ficar livre pra voltar a sair por aí, sorrindo de verdade.

por Rodolpho Bastos e marianne a.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Não, não faça tudo às pressas. Não saia por aí passando por cima dos outros e vivendo intensamente cada dia como se fosse o último. Não é esse o segredo. E se o último dia não for hoje? Pode ser amanhã, ou depois de amanhã. E aí? Aí você vai se ver preso aos planos que não fez. Arrependido por não ter dito aquele “eu te amo” quando tinha que ser dito. Por não ter dado aquele abraço quando era preciso. Por ter segurado aquelas lágrimas enquanto elas brigavam com suas pálpebras para que as deixassem sair. Aí você vai olhar pra trás e ver que nada tem, que nada construiu. Que não tem de quem sentir saudades, de quem cuidar. Com quem se preocupar.
Aprenda: é o tempo o bem mais precioso e não há como competir com ele. Não há como tentar acompanhar seu ritmo. Então, pule, dance, abrace, beije, beba, corra, sonhe. Ame. Viva. Mas viva devagarzinho. Não deixe que, com tanta ânsia por viver, suas atitudes façam tristes os olhos de quem te quer bem.  


marianne a.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Panorâmica

Tanta gente, tantas vidas, tantos problemas. Pessoas nascendo, correndo, pensando, trabalhando, amando, morrendo. Gerundiando. Ando, ando e não chego a lugar nenhum. Tudo é movimento, tudo passa rápido demais. Quero viver sem pensar, aproveitar cada segundo. É melhor viver sem pensar, que pensar e não viver.
Vou abrir as janelas, tirar a poeira dos móveis. Jogar fora a caixinha das lembranças que me prendem ao passado e enchê-la de novas experiências. Mandar embora os medos que batem à minha porta. E logo. O relógio não para com seu tiquetaquear. A pressa pode até ser inimiga da perfeição, mas quem é que quer perfeição? Quero inconseqüência, perigo. A vida corre lá fora. Vou lá, quem sabe consigo alcançá-la.

marianne a.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Entre você e Deus

Muitas vezes, as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas. Perdoe-as assim mesmo.
Se você é gentil, as pessoas podem acusá-la de agoísta, interesseira. Seja gentil assim mesmo.
Se você é vencedora, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros. Vença assim mesmo.
Se você é honesta e franca, as pessoas podem enganá-la. Seja honesta e franca assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra. Construa assim mesmo.
O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã. Faça o bem assim mesmo. 
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante. Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que, no final das contas, é entre você e DEUS. Nunca foi entre você e as outras pessoas!                                                                                      

Madre Teresa de Calcutá

terça-feira, 18 de janeiro de 2011


Abre um olho, depois o outro. Sente uma energia diferente no ar. Olha pra janela e vê uma pontinha de raio de sol entrando por ela. Os últimos dias não lhe fizeram bem. Foram dias de chuva sem vento, que só molharam e impregnaram tudo de ruim que já havia por ali. Pula da cama e abre as janelas. O céu tem a cor-de-céu mais cor-de-céu que ela já viu. Fecha os olhos e, sorrindo, sente aquele ventinho pós-chuva batendo em seu rosto. Deleita. Ficaria ali o resto do dia se pudesse. Sacode os lençóis, os tapetes, as roupas. Tudo o que possa ter acumulado lama e mofo nesses dias de chuva. Deixa o sol entrar. Invadir o quarto e a casa em todas as direções. Horizontalmente, verticalmente, interior-mente.  Com suas cores, seu calor, sua luz. Daquelas que doem o olho da gente. “Com certeza deve ter algum arco-íris por aí. Se não tiver, tá é aqui dentro mesmo”, pensa. Seu sorriso parece ter ganhado vida. Sente uma vontade louca de dançar, gritar, conversar. Sozinha. Só ela e seu sorriso.
Quer um dia bonito pela frente. Vai se emperequetar. Pôr uma flor no cabelo, fazer as unhas. Pintar uma de cada cor. Vai abrir sua caixa de lápis de 36 cores. E depois vai pintar tudo de azul. Verde, rosa, cor-de-laranja.  Nada como uma manhã de sol para colorir o preto e branco dos últimos dias.

marianne a.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Monólogo


Mania besta de esperar sempre um algo a mais das pessoas. De querer e, por isso, achar que elas vão agir do mesmo jeito que a gente. Não que eu aja sempre esperando algo em troca. Minha educação, fidelidade e honestidade são unilaterais, mas, no fundo, sempre há um fiozinho de esperança que me faz achar que por ser (quase, não sou santa) sempre correta com os outros, eles agirão da mesma forma comigo. Certa vez, li que “algumas pessoas são como bolhas de sabão: lindas por fora e vazias por dentro”. Pensam, falam e agem do modo que para elas convêm.
Incontáveis vezes, disseram-me que sou boba. Mas aqui dentro, lá no fundo, existe uma voz. Melhor, um restinho de voz... Quase que indiferente e insignificante, sussurrante, mas dotado de uma força enorme, que diz pra eu continuar assim. Assim, serei eu. Serei, antes de tudo, honesta e fiel a mim mesma. E é isso o que realmente importa.

marianne a.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

E ele mata e morre por aqueles olhos. Olhos enigmáticos, expressivos. Que olham pra não sei onde, que dizem sei lá o quê. Não são olhos de ressaca, como os de Capitu, nem de cabra-tonta como os de Silivana, mas são os mais lindos que ele já viu. São olhos negros coloridos – deveras, complexos - de onde brota toda a beleza que existe. Ah, ela exala graça e poesia. É música, é paz. E ele presta atenção em cada movimento, cada palavra, cada gesto dela. Não quer perder nada. E ele só olha, quer ficar perto, ficar junto, mesmo que de longe. E ele só pede que ela fique... mesmo que em silêncio, mas que fique. 

marianne a.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Desejo a você...


Companhia ao invés de solidão. Luz no lugar da escuridão. Banho de chuva, banho de sol, banho de mar. Mais tempo e menos trabalho. Menos aparência e mais conteúdo. Amor de pai, amor de mãe. Amor de namorado. Abraço de amigo, olhar de criança. Magia ao invés de realidade; melhor, que toda a magia transforme-se em realidade. Letra, música e poesia. Borboletas. Metamorfose, transformação. Risos, [só]risos e gargalhadas. Desejo que tenhas um pé para roçar, alguém de quem cuidar. Amores. Amores e beijos sem fim. Um 2011 doce e colorido para todos nós!

marianne a.