“Liberdade s.f (lat. Libertas, libertatis). 1. Faculdade de fazer ou não fazer algo,
de escolher. 2. Estado oposto ao do
cativeiro ou prisão, à escravidão; qualidade de ser livre.” Mas o que é ser
livre? Poder falar o que quer, na hora que quer, com quem quiser? Não sei. É
ação versus punição? Utopia? Pensar em si sem pensar nos outros, colocando-se sempre
como prioridade? Egocentrismo? Sei lá. A liberdade, tantas vezes centro das discussões
na filosofia das universidades e até de boteco, não tem, e nunca terá um
conceito universal, adequado a toda e qualquer opinião, cultura, religião, blá
blá blá. Apesar disso, não deixa de merecer atenção e reflexão.
Teria a liberdade somente esse significado insosso imposto
pelo dicionário? Para a maioria das pessoas, que vivem, ou melhor, que só
conseguem viver sob o cabresto de definições e coerções, sim. Para elas,
liberdade é não se prender a regras, a pessoas, relacionamentos. É poder fazer
o que quer, quando quer. É desapego. É desafiar as leis e não ser punido. É uma
coisa tão complexa que chega, realmente, a não passar de utopia.
Posso ser vista como ousada ou até desavergonhada por contestar uma definição
do dicionário e tão comum à maioria das pessoas. Até concordo com o pai dos
burros, mas, creio eu, que liberdade vá muito além, e seja algo mais simples do
que se imagina. Ser livre é uma questão de escolha. E eu não escolhi essa
liberdade desesperadora que a maioria das pessoas procura. Uma liberdade
baseada no ver-se só. (E nem adianta dizer que ser livre é poder voar como um
passarinho, porque, se for, meu amigo, acabaram-se os problemas! O aeroporto e
os voos de paraquedas e asa-delta estão aí pra isso). Pra mim, liberdade é música
quando se quer, quando o momento pede; mas também é silêncio quando necessário.
É pensar em si, lutar por seus interesses, mas também pensar no outro e lutar
pelos outros. Não contra os outros. É cor, mas também é aprender a enxergar
beleza no preto e branco. É fazer escolhas, amar seu destino e sentir-se livre.
Ninguém vive em liberdade, ou mora nela. Ela é que mora na gente. Liberdade é
calmaria. É cabeça leve, consciência flutuante, e coração tranqüilo. Caso
contrário, torna-se escravo, refém. Não de uma sociedade ou constituição, mas
de si mesmo.
marianne a.
Teria a liberdade somente esse significado insosso imposto
pelo dicionário? Para a maioria das pessoas, que vivem, ou melhor, que só
conseguem viver sob o cabresto de definições e coerções, sim. Para elas,
liberdade é não se prender a regras, a pessoas, relacionamentos. É poder fazer
o que quer, quando quer. É desapego. É desafiar as leis e não ser punido. É uma
coisa tão complexa que chega, realmente, a não passar de utopia.
Posso ser vista como ousada ou até desavergonhada por contestar uma definição
do dicionário e tão comum à maioria das pessoas. Até concordo com o pai dos
burros, mas, creio eu, que liberdade vá muito além, e seja algo mais simples do
que se imagina. Ser livre é uma questão de escolha. E eu não escolhi essa
liberdade desesperadora que a maioria das pessoas procura. Uma liberdade
baseada no ver-se só. (E nem adianta dizer que ser livre é poder voar como um
passarinho, porque, se for, meu amigo, acabaram-se os problemas! O aeroporto e
os voos de paraquedas e asa-delta estão aí pra isso). Pra mim, liberdade é música
quando se quer, quando o momento pede; mas também é silêncio quando necessário.
É pensar em si, lutar por seus interesses, mas também pensar no outro e lutar
pelos outros. Não contra os outros. É cor, mas também é aprender a enxergar
beleza no preto e branco. É fazer escolhas, amar seu destino e sentir-se livre.
Ninguém vive em liberdade, ou mora nela. Ela é que mora na gente. Liberdade é
calmaria. É cabeça leve, consciência flutuante, e coração tranqüilo. Caso
contrário, torna-se escravo, refém. Não de uma sociedade ou constituição, mas
de si mesmo.