Tem
dias que a gente já acorda filosofando. Criando teorias e procurando explicações
pro que acontece à nossa volta. Hoje acordei pensando sobre o tempo, tentando
defini-lo e entender o sentido que ele dá à minha vida. Cheguei à conclusão de
que o que é definido pelo dicionário como “A sucessão dos anos, dias, horas,
etc., que envolve a noção de presente, passado e futuro” não tem, para mim, uma
definição precisa. O tempo não passa de um verdadeiro leva-e-traz. Leva o Sol e
luz, mas traz a lua pra enfeitar a noite dos namorados. Leva as oportunidades e
pessoas para nós importantes, mas por outro lado, coloca rugas em nosso rosto e,
vez ou outra ilumina nossas famílias com a graça de uma criança. Ao mesmo tempo
em que tira a cor de nossos cabelos e de nossas vidas, colore e cura tudo. Ele
é perigoso, é traiçoeiro. Sobre ele, essa coisa ao mesmo tempo bonita e feia,
só se tem certeza de que vez em quando leva.. Outrora ele traz. Mas existe
algo que sempre fica por onde ele passa: a SAUDADE.
E hoje eu chorei, chorei de saudade do que
vivi, do que não vivi e de tudo o que me foi levado. Hoje, nove anos depois, minhas lágrimas tinham
cores alegres, braços que me abraçaram, lembranças que me acalmaram e, o
principal, tinham um nome: FERNANDA. Saudade, Fefê.
marianne a.